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Relatório de Jogo

Análise do Adversário

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Competição

Jogo

Data

| Campeonato do Mundo 2018

| Portugal x Espanha

| 15-06-2018

Hora

| 19h00

Sistema Táctico 4-3-3. Também costuma optar pelo 4-2-3-1 (principalmente quando Busquets está ausente, jogando Koke e Thiago Alcântara lado a lado com Iniesta mais solto) o que não deverá acontecer neste jogo. 11 Base Será muito provavelmente De Gea (GR), Carvajal, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba na defesa, Busquets como pivô defensivo com Thiago Alcântara e Iniesta a completar o meio-campo, David Silva, Isco e Diego Costa os três homens da frente.

Sistema Táctico(4x3x3)

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Sistema Táctico (4x2x3x1)

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Organização Ofensiva

Método de Jogo Ofensivo Ataque Organizado Fase de Construção A primeira preocupação é ter bola. Procuram sair a jogar de forma curta e apoiada, procurando preferencialmente o corredor central. Sergio Busquets baixa para receber a bola e fazer a ligação entre a defesa e o ataque1. Os centrais abrem bem e os laterais procuram largura e profundidade jogando em linha com os outros dois do meio-campo, formando quase um 3-4-32. Se a equipa adversária pressionar estes baixam voltando ao esquema habitual, criando linhas de passe. A equipa mesmo pressionada procura sempre sair a jogar. Só em casos extremos é que De Gea ou os centrais Piqué e Sergio Ramos procuram o passe longo e quando isso acontece procuram preferencialmente Diego Costa. Thiago e Iniesta juntam rapidamente para dar apoio ou se for o caso recuperar uma segunda bola. Fase de Criação Busquets, Thiago Alcântara e Iniesta (e mesmo Isco que poderá jogar no meio-campo) são jogadores tecnicamente muito evoluídos. Procuram sempre jogar ao primeiro toque com muitas triangulações entre eles e movimento sem bola. Nesta fase de jogo os extremos procuram zonas interiores deixando os corredores livres para os laterais, estes que participam em todo o processo ofensivo. Fazem com que toda a equipa adversária bascule para o corredor da bola e quando têm oportunidade aumentam o ritmo de jogo optando por uma de duas situações: 1 – colocando a bola do lado contrário ganhando espaço para uma possível situação de cruzamento do lateral3 (Isco é exímio a virar o centro de jogo); 2 – procurando Diego Costa (normalmente é Iniesta que o faz) para que este venha buscar jogo levando consigo a marcação4 e ao devolver num dos médios-centro estes procurem o lateral ou o extremo que vem para dentro nas costas da defesa (Jordi Alba muito forte neste tipo de lances!). Fase de Finalização Quando a bola entra nos corredores laterais perto da área procuram a linha, Diego Costa faz movimentos para arrastar a defesa e são feitos cruzamentos rasteiros à entrada da área ou para a zona de penalty, onde vem de trás um dos médios e o extremo que veio para dentro [atenção ao posicionamento dos nossos médios]. Se a bola entrar no penalty deixam um médio à entrada da área para uma possível recarga (normalmente Iniesta)5. Procuram colocar no mínimo 4 jogadores em zonas de finalização.

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Transição Ofensiva

Muito fortes neste momento de jogo. Rápida mudança de atitude quando recuperam a bola pondo velocidade e agressividade na transição. Recuperando a bola na sua zona defensiva procuram novamente que o primeiro passe entre no meio num dos médios ou num dos extremos que vem a zonas interiores para receber e jogar no outro médio que de frente para o jogo procura lançar os extremos ou o avançado que fazem movimentos verticais. Isco é um jogador vertical que transporta muito bem a bola quando tem espaço. Diego Costa (ou Rodrigo) procura movimentos de rotura fazendo diagonais para aparecer nas costas da defesa. Se a bola não entra os extremos vêm para dentro com bola aproveitando o espaço criado por Diego Costa ao arrastar um dos defesas procurando o remate na maioria das vezes ou abrindo no outro extremo. Os laterais participam no processo sempre que possível. Quando as rápidas transições não são possíveis a equipa baixa o ritmo de jogo e procura sair de forma apoiada novamente pelo meio, recomeçando o processo ofensivo privilegiando a posse de bola. Quando o GR recupera a bola raramente opta pelo passe longo, procurando o trinco, mas quando o faz é procurando as costas da defesa num passe longo para o avançado.

Organização Defensiva

Método de Jogo Defensivo Defesa Zona Pressionante Equilíbrio Defensivo A selecção espanhola é muito pressionante quando as equipas procuram sair a jogar de forma apoiada. Procura pressionar o mais perto possível da baliza adversária, subindo o bloco e pressionando de forma agressiva o portador da bola. Dá iniciativa ao adversário deixando sair a jogar e pressiona apenas aquando das recepções de bola. Na maioria das vezes saltam na pressão quando o adversário recebe de costas e sempre que há um passe atrasado no sentido da baliza adversária. Se o lateral adversário recebe bola na linha quem sai no portador da bola é também o lateral com o extremo a fechar por dentro1 e o lateral do lado contrário a formar uma linha de três com os centrais, o médio defensivo junta à linha de três e os médios defendem à zona com mais liberdade2. Muitas das vezes são eles que saem na pressão quando a bola entra no corredor central (chegam a passar a linha dos extremos e mesmo a do avançado) e um dos extremos baixa fazendo a compensação. Quando a bola entra num dos corredores laterais a equipa procura criar superioridade numérica fazendo pressão com o lateral, o extremo do lado da bola, um dos homens do meio-campo e o avançado (ou o extremo do lado contrário), mas acaba por se desposicionar criando muito espaço livre no corredor central3 [atrair a equipa adversária e procurar virar o centro de jogo. Procurar as costas dos médios e laterais]. Recuperação Defensiva Quando o adversário chega ao 2/3 do campo a equipa procura organizar no seu 4-3-3 habitual. Busquets baixa (neste caso foi Thiago) e é formado o triângulo do meio-campo por vezes com Iniesta mais avançado no terreno. Deixa de existir aquela pressão constante saindo apenas a pressionar o jogador mais próximo do portador4. Se a bola entra no corredor lateral lá volta a sair o lateral do lado da bola em velocidade para pressionar. Saindo o lateral, o central desse lado bascula para o corredor e o pivô defensivo encaixa no meio dos dois centrais5. O objectivo é tapar os caminhos para a baliza e fazer com que o adversário volte a jogar para trás, juntando-se novamente em zonas próximas à sua baliza para voltar a pressionar alto tentando recuperar a bola o mais perto da baliza adversária. Defesa Propriamente Dita Sempre que a bola entra nos corredores laterais mais uma vez procuram ganhar vantagem numérica que normalmente é dada pelo extremo que baixa no terreno e pelo médio desse lado, a linha de 4 é formada, com o lateral sempre na cobertura e os restantes defesas a guiarem-se pelo seu posicionamento, o pivô defensivo coloca-se à frente da defesa6. Quando a equipa adversária sai em ataque rápido no corredor lateral e o extremo não baixa a tempo, a vantagem numérica é dada pelo lateral e o central, com o médio desse lado a aproximar caso haja um jogador adversário a dar cobertura ao portador da bola. Se sair o pivô defensivo, o médio centro faz uma compensação ocupando o espaço deixado pelo médio defensivo, à frente da linha defensiva, fechando o espaço interior7. Quando a bola entra no meio, os centrais, principalmente Sergio Ramos, abrem espaço ao sair na marcação [aproveitar o espaço dado nesse tipo de lances com roturas dos avançados].

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Transição Defensiva

Ao perder a posse de bola a Espanha procura ser agressiva na recuperação da mesma, tentando recuperá-la o mais rapidamente possível, fazendo um pressing alto com vários homens, independentemente da zona da bola. Processo idêntico ao equilíbrio defensivo (fase III) quando condiciona as equipas no seu sector ofensivo. Caso não consigam recuperar a bola no primeiro momento de pressão procuram reorganizar-se defensivamente. Com essa pressão surgem muitos espaços livres, principalmente no corredor central e como o estímulo da linha defensiva é subir poderemos explorar as costas da defesa com os avançados rápidos que temos.

Esquemas Tácticos Ofensivos

Cantos1 Na maioria das vezes os cantos são batidos de forma curta. Quando não conseguem sair a jogar optam por bater a bola a fugir do GR (esquerdinos batem do lado esquerdo e destros do lado direito). Colocam 4 jogadores dentro de área com os centrais sempre a participar, um deles a atacar a zona do GR. 2 jogadores ficam à entrada da área com os laterais (jogadores mais baixos da equipa) a fazer o equilíbrio. A bola é colocada entre a zona do 1º poste e do GR. Quando o adversário defende com todos um dos homens da entrada da área entra também atacando com 5 jogadores e um dos laterais fica à entrada da área de forma a parar ou retardar um possível contra-ataque. Livres2 A Espanha ataca este tipo de lances novamente com 4 ou 5 jogadores. A bola é batida para o centro à entrada da pequena área de forma a sofrer um ligeiro toque de um dos centrais. LLL Os lançamentos são cobrados de forma aleatória e normalmente de forma curta. Os laterais assumem essa cobrança. Pontapé de Saída Procuram sempre sair de forma curta e apoiada mantendo a posse de bola. Pontapé de Baliza Tal como no pontapé de saída procuram sair a jogar curto, por um dos centrais ou pelo médio defensivo. Se a equipa adversária pressionar não deixando sair a jogar, a bola é batida de forma longa com o avançado a procurar as costas da defesa (aproveitando a força do pontapé de De Gea e o facto de não existir fora-de-jogo neste tipo de lances).

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Esquemas Tácticos Defensivos

Cantos1 Usam um tipo de defesa mista. Todos os elementos da equipa participam neste tipo de lances. Formam uma linha de 3 na linha da pequena área com um jogador um pouco mais dentro a marcar a zona do 1º poste, 3 jogadores na zona de penalty marcam e acompanham os adversários que vão atacar as zonas de finalização, dois jogadores à entrada da área prontos a sair rápido numa possível recarga e um jogador a condicionar a reposição de forma curta. Se sair de forma curta o jogador à entrada da área também sai a pressionar, criando uma situação de 2x2. Livres2 Marcação à zona, defendendo em linha. Os restantes condicionam um possível livre batido de forma curta. Quando um livre é mais perto da baliza retiram um da linha para colocar na barreira. Pontapé de Baliza do Adversário3 O avançado e os extremos ficam à entrada da área condicionando a saída curta pelo GR. Caso o adversário procure mesmo assim sair a jogar, começam a pressionar alto com os médios e os laterais a chegar à frente (defesa zona pressionante/equilíbrio defensivo).

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Outras Observações

Odriozola pode render Carvajal e Nacho substituir Piqué (apresentaram limitações físicas no início da semana, mas deverão estar aptos);

Se Odriozola e Nacho acabarem por entrar na equipa deveram jogar do mesmo lado (lateral direito e central do lado direito). Aproveitar certo nervosismo que demonstrem (estreantes em Mundiais);

Rodrigo poderá actuar de início por Diego Costa (maior dúvida);

Lopetegui foi demitido da selecção espanhola a dois dias do jogo o que poderá causar algum transtorno aos espanhóis;

As substituições não deverão mudar o sistema de jogo e o estilo de jogo da Espanha.

Padrões de Modelo de Jogo

Bola em Iniesta, Diego Costa faz diagonal nas costas da defesa

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Extremos vêm para dentro para dar os corredores aos laterais

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Cruzamentos rasteiros, Diego Costa arrasta defesa, aparecem os médios à entrada da área ou na zona de penalty

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Avançado vem buscar jogo arrastanto a defesa, bola  é devolvida e colocada nas costas entre central e lateral para o extremo/lateral

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