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FC Porto - Esquemas Táticos Ofensivos

Desde a chegada de Sérgio Conceição ao FC Porto, a equipa azul e branca tem apresentado uma grande variabilidade de soluções e criatividade na execução dos esquemas táticos ofensivos, nomeadamente, aquando do momento de cantos e livres.

Começando pelos cantos ofensivos e pela sua forma mais criativa e trabalhada de execução, há então a registar uma panóplia de combinações que vão desde situações mais simples (combinação entre 2 jogadores) a situações mais complexas (combinação entre 3 ou mais elementos).

 

As combinações ditas “mais simples”, relacionam-se desde logo com a aproximação de um jogador que sai da zona do 1º poste para combinar com o batedor, sendo que esse mesmo elemento que faz aproximação para receber procura uma receção orientada e rodar rapidamente no sentido da baliza adversária para efetuar cruzamento (1. – Alex Telles + Corona).

Numa outra dinâmica apresentada, o batedor pode colocar um passe mais exterior para jogador colocado próximo do vértice da grande área para cruzamento ou mesmo para remate à baliza (2. – Alex Telles + Óliver | 3. – Alex Telles + Brahimi).

Ainda dentro das combinações a envolverem dois jogadores, há também a registar a colocação de uma bola aérea exterior para a entrada da área, para que elemento aí colocado possa rematar à baliza (6. – Corona + Óliver).

Na sua forma mais criativa, o FC Porto apresenta um canto em que Óliver e Corona são os protagonistas na execução do mesmo. O mexicano coloca-se muito próximo da zona do batedor (Óliver), entra em combinação curta com este e o médio espanhol “pica” a bola em passe para Corona, por cima do adversário que defende canto curto, sendo que Corona culmina essa ação com remate à baliza (7. – Óliver + Corona).

Nas combinações a envolverem três ou mais jogadores, na primeira dinâmica apresentada, há a colocação de um jogador próximo da zona do batedor (de forma lateral) com mais um jogador colocado de forma mais exterior e lateralmente aos outros dois. A ideia passa por criar superioridade numérica no corredor (3x2) e a partir daí gerar-se uma combinação que culmine com ação de cruzamento para a área (4. – Alex Telles + Corona + Otávio).

Numa situação idêntica mas em que o último elemento (da cobertura) se posiciona mais afastado do primeiro recetor da bola, há então a circulação da bola através de passes atrasados até chegar ao terceiro e último elemento que procura um cruzamento largo para a zona do 2º poste. (5. – Alex Telles + Brahimi + Otávio).

Não menos importante que esta panóplia de soluções nos cantos ofensivos, é observável o posicionamento de Herrera para atacar 2ªs bolas, nomeadamente quando estas caem dentro de área na zona do 2º poste. O mexicano é perspicaz a atacar essas mesmas 2ªs bolas que possam cair nessa zona, executando posteriormente remates de primeira à baliza adversária.

FC PORTO | CANTOS OFENSIVOS (TRABALHADOS) 

No capítulo dos livres ofensivos, as dinâmicas não diferem muito daquelas que são tidas para a execução dos cantos, e aqui falando na sua forma mais criativa e complexa de batimento dos mesmos.

Numa combinação a dois, Óliver e Corona, são figuras de destaque num movimento muito semelhante ao que ambos apresentam na execução de um canto curto. O Médio espanhol “pica” a bola em passe, desta feita por cima da barreira (onde está o mexicano), ao mesmo tempo que Corona sai da barreira e aparece frente a frente com o GR. Aqui a destacar também o posicionamento dos restantes elementos portistas em zona de finalização. Colocam-se mais afastados da zona onde a bola irá cair, atraindo as marcações do adversário ao mesmo tempo que abrem espaço para a bola entrar de forma mais “limpa” em Corona que remata à baliza. (4. – Óliver + Corona).

Nas combinações com três ou mais elementos, na primeira a apresentar, Alex Telles coloca a bola em rutura para a entrada de Otávio onde este procura tirar cruzamento/passe para a área. Para que a bola entre de forma efetiva no brasileiro, Herrera é o responsável por bloquear a saída do adversário mais próximo da zona onde a bola entra. (1. – Alex Telles + Otávio + Herrera (bloqueio)).

Numa outra dinâmica apresentada, colocação de dois jogadores perto da zona da bola, passe de um deles para jogador que sai em apoio frontal para elemento que estava colocado perto da zona do batedor e que realizou movimento para receber bola do apoio frontal. Ação é culminada com remate à baliza. (2. – Corona + Otávio + Herrera).

Ainda dentro destas combinações curtas e a três, colocação de dois jogadores mais próximos da zona da bola e um terceiro ligeiramente mais afastado. Os dois mais próximos pisam a bola entre si até esta chegar ao terceiro elemento (de frente para baliza) que faz passe em desmarcação para um dos dois jogadores (o que está colocado mais fora) inicialmente colocados muito próximos da bola, sendo que este último executa cruzamento para a área. (3. – Alex Telles + Corona + Óliver).

Nas combinações a envolverem três ou mais jogadores mas efetuadas em zonas mais baixas, há a circulação da bola através do elemento da cobertura até este fazer entrar a bola em largura para ação de cruzamento. Aqui destaca-se o movimento de dentro para fora por parte de Alex Telles dando uma linha de passe em largura para culminar ação com cruzamento para a área, ao passe que Herrera realiza bloqueio no elemento mais próximo que pode sair em contenção ao portador, no caso, Alex Telles. (5. – Corona + Óliver + Alex Telles + Herrera (bloqueio)).

A última dinâmica apresentada, e não muito distante da referida anteriormente, há também a execução de um passe do batedor para elemento da cobertura colocado mais afastado da zona da bola, sendo que este último recebe e procura um cruzamento/passe largo para a zona do 2º poste. De destacar aqui o movimento do jogador que vai atacar a bola nessa zona (2º poste) partindo inicialmente de uma posição mais interior. (6. – Otávio + Jorge + Chidozie).

FC PORTO | LIVRES OFENSIVOS (TRABALHADOS)

Olhando para a eficácia e sucesso destes lances de bola parada, o FC Porto apontou até ao momento 2 golos em livres tralhados (vs Feirense e vs Belenenses, ambos para o campeonato), ao passo que nos cantos trabalhados conseguiu materializar uma das combinações em golo (vs Schalke 04 (C) – LC).

Numa outra perspetiva, a dos cantos cobrados de forma simples, isto é, com a bola colocada diretamente na área, o FC Porto leva até ao momento 10 golos marcados.

Colocam 5 a 6 jogadores em zonas de finalização, mais 2 a 3 elementos à entrada da área para remate exterior ou ganho de 2ªs bolas.

Alex Telles é o grande especialista na cobrança deste tipo de esquema tático, tanto à direita (bola fechada) como à esquerda (bola aberta).Há uma alternância entre batimento ao 1º poste (referências – Marega (3 golos) e Danilo (1 golo)) e ao 2º poste (referências – Soares (3 golos) e Felipe (1 golo).

FC PORTO | CANTOS OFENSIVOS (GOLOS)

Nos livres batidos de forma simples (diretamente para a área), o FC Porto conseguiu, até ao momento, 4 golos, mais 2 de livre direto (Sérgio Oliveira vs Vit. Setúbal e Adrian vs Vila Real).

Alex Telles, assume também aqui papel de destaque. À esquerda procura colocar a bola na zona do 1º poste (André Pereira, Diogo Leite e Soares – todos com 1 golo) e na zona de penalti quando executa sobre a direita (Felipe – 1 golo).

FC PORTO | LIVRES OFENSIVOS (GOLOS)

Dany Teixeira

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