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CRUZAMENTO - PASSE | GOLOS DO BENFICA FRENTE AO RIO AVE

Quando falamos na ação de cruzamento num jogo de futebol, a grande maioria, e de forma praticamente imediata, cria na sua mente a ideia de uma ação de determinado jogador em que este coloca a bola na área com trajetória aérea. Esta será por ventura, a definição de cruzamento para a maior parte dos amantes desta modalidade, ou seja, um cruzamento é uma bola colocada na área pelo ar.

 

Não que a definição por si só esteja errada, porque não o está, de todo. Embora, se aprofundarmos um pouco mais esta ação iremos verificar que, e dependendo das características dos jogadores (mais ou menos fortes no jogo aéreo, mais ou menos móveis, mais ou menos fortes a finalizar com ambos os pés, entre outras) que temos na nossa equipa, e falando sobretudo daqueles que surgem em zonas de finalização (avançados, médios, extremos), esta ideia remete-nos a pensar sobre qual a melhor forma de culminar a ação que antecede a finalização propriamente dita. Isto é, tendo em conta as características dos jogadores que vão aparecer em zonas de finalização, qual a melhor forma de os servir através de cruzamento?

 

Jorge Jesus, na altura ainda no comando técnico do Sporting, e numa fase em que Fredy Montero era a principal alternativa à ausência de Bas Dost (conhecido, não só mas também, pela sua grande capacidade de finalização através do jogo aéreo), Jorge Jesus, como que abrindo o livro, explicou que face às francas diferenças entre Montero e Bas Dost no que concerne às suas especificidades enquanto Avançados, este e a sua equipa técnica tiveram que idealizar uma nova forma de servir Montero, então através de “ações de cruzamento-passe”.

 

Jorge Jesus: Cruzamento-Passe | https://www.youtube.com/watch?v=WTq7w1SLCAg

 

Na presente temporada, o Benfica, é uma das equipas que tem apostado e muito nestas ações de “cruzamento-passe” para chegar a situações de finalização. É essencialmente à esquerda, através de Grimaldo, Zivkovic ou Cervi que os encarnados mais têm procurado este tipo de ação para servir os elementos que chegam e preenchem as zonas de finalização: Seferovic, Jonas, João Félix, Pizzi, Gedson, extremos contrários ao centro do jogo. Em todos estes jogadores mencionados, há uma característica geral. Não se realça em nenhum deles, uma característica que nos leve a dizer que são jogadores fortes e exímios no jogo aéreo. As suas caraterísticas técnicas e físicas, levam-nos a concluir que esta (cruzamento-passe) tem sido uma forma muito interessante e de sucesso que o Benfica encontrou para tirar o maior proveito das características dos seus jogadores, jogadores que não sendo fortes no jogo aéreo, são jogadores que gostam e têm grande capacidade para ter bola no pé procurando espaços livres para receber, que trabalham e decidem com alguma facilidade em espaços curtos, bons no primeiro toque, ágeis a atacar espaços para finalizar e com boa capacidade de finalização em remate de primeira, ou remate exterior.

 

Ontem, no jogo com o Rio Ave que o Benfica venceu por 4-2, o primeiro e terceiros golos, de Seferovic e de João Félix, respetivamente, são um grande exemplo daquilo que o Benfica tem feito e o proveito que tem tirado através destas ações de “Cruzamento- Passe” ao longo desta época.

 

GOLO, BENFICA, SEFEROVIC : 1-2

GOLO, BENFICA, JOÃO FÉLIX : 3-2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dany Teixeira

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